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Os quatro melhores restaurantes do mundo usam talheres feitos nas taipas

A revista britânica Restaurant publica anualmente a lista “The World’s 50 Best Restaurants” (os 50 melhores restaurantes do mundo) e os quatro primeiros classificados deste ano – Geranium, em Copenhaga, Central, em Lima, Disfrutar, em Barcelona e Diverxo, em Madrid – usam cutelaria made in concelho de Guimarães, pela Cutipol. A cutelaria de Caldas das Taipas está habituada a recolher prémios e reconhecimentos, desde que apostou em trazer a inovação e a criatividade para um setor com fortes tradições na vila vimaranense. A empresa tem feito das crises momentos de oportunidade e foi nessas alturas que mais cresceu, como aconteceu durante a pandemia.

Numa região em que a cutelaria é a indústria rainha, o envolvimento da família Ribeiro com o ramo vem desde a década de 1920 e começou com Joaquim Ribeiro, pai do fundador. A empresa foi criada em 1963, por José Ribeiro e Alice Costa Marques, primeiro com o nome de Antinox, tendo logo, em 1964, mudado para Cutipol, para que pudesse ser facilmente pronunciado em inglês. Numa indústria fundamentalmente masculina – não deixa de ser metalurgia –, onde ainda hoje só se encontram mulheres no controlo de qualidade e na embalagem, Alice Costa teve um papel preponderante. “Foi a grande alma da Cutipol e uma pessoa de visão, pois as suas ideias geraram um enorme impulso na inovação e desenvolvimento”, diz João Pedro Ribeiro, gestor de operações da empresa, neto dos fundadores. “Ela conhecia todo o processo, falava com cada um dos trabalhadores, estava permanentemente na fábrica, sempre a par dos problemas e a procurar soluções. O meu avô tinha um perfil mais comercial, complementavam-se”, recorda.

Segundo João Pedro Ribeiro, o sucesso da Cutipol assenta na criatividade e na inovação, “mas também”, admite, “nos excelentes artífices que fazem a diferença das nossas peças”. Tal como a família Ribeiro há outras, na região de Caldas das Taipas, ligadas desde há várias gerações à cutelaria. “Essa mão de obra de artistas é fundamental”, reconhece. “A minha avó teve uma grande ajuda de um desses artistas, o Zé Prior. Hoje, continuam a trabalhar aqui os filhos e os netos desse colaborador”.




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